sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Amargura




As máscaras sociais estão com uma abertura
Tem a face obscura, singelo tom de loucura,
Cheiro de feiura, tem maldade sem censura,
Veste sua armadura, sobe em sua viatura,
Seu cavalo de tortura, foca o beco.. o Cingapura
Foca o preto,ou a mistura , fora o indio sem cultura, sem postura
Vem de baixo e não tem cura, vem da rua,
Vai pra rua, na fissura escura e dura
Dura um ano, um ano dura..
Uma vida sem estrutura, sem lei nem legislatura
Sem fartura, alucinado arromba qualquer fechadura
Essa é a vida dura...
1 Bilhão de criaturas, sem comida, sem fritura..
Sem bolo, sem cobertura.
Nem trampo na agricultura, nem facul de arquitetura..
Essa é a igualdade que pregam em 2012..
Essa é a tal  liberdade que pregam na Ditadura.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Plano Terrestre


       
Vivemos, brincamos, crescemos, sonhamos.
Caímos, lutamos, colhemos, plantamos.
Esse é o mundo impiedoso, é a tal realidade..
Essa gente elitizada, essa falsa liberdade,
Seria sonho demais, viver sem ter maldade?
Viver num sonho de infância, numa santa ignorância.
A qual não sente a ganância.. há lembranças,
das crianças, lutando pra ser ninguém..
correndo no pátio sujo fingindo ser X-men.
No domingo de chinelo, na bike sou barrichello,
E a ferrari de brinquedo penetrava altos castelo!
Nessa vida a gente cresce, a gente sobe e a gente desce,
Variando em osilações, diz até que amadurece..
Não perece, apodrece.. vive atrás de chás e preces.
Com o tempo as ideias mudam, nada mais tem cor nem graça.
Ninguém mais faz arruaça, ninguém mais senta na praça,
Isso nunca vai voltar, seja lá o que quer que eu faça..
Fui feliz de mamadeira e hoje eu sou triste de taça.

E o que era palco de muita bagunça, agora se torna lugar de chacina
As ruas vendendo corpos de meninas,nas ruas de cima drogas nas esquinas..
No farol trabalho escravo, pura manipulação,
Pra chegar um delinquente, dizente da boa ação,
Esperando entrar no céu por segurar a sua mochila no buzão.

João Paulo e Gui Berger.

Homens

Grandes animais que andam pelo dia
Em vão seguem pisando sem dó, com covardia
Desde o grande dia, enfim anoiteceu.
Bicho sem latido, sem miado.. que fere e diz EU.

Não é verdadeiro, nem amigo fiel..
Não ligam pra dor, fome ou pro fogaréu,
Em casa guardam ouro, riquezas e troféu..
Por dentro, a sós gritam tristes , buscando pelo céu.

Amover a presença que há dentro de nós
Se manifestar sem ter medo nenhum!
Fazer os direitos pro pobre e pro rico
Assim tão só somente seria a Justiça!

Fazer essa mudança e vestir paletós,
Sorrir ter bem estar.. Sem clack e sem BOOM..
Trampar, ter seu dinheiro, sem precisar de bico...
Criarmos urubus e por fim nessa Carniça!

Assim tão só somente seria a Justiça...