segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Perdido ao som da Lua




Espantalhos se movimentam
Como índios de jardim
Dentre as ocas de concreto
No breu à procura do dim,
Entupidas de lobos de metal que a rodeiam
Uivando por espaço, não tão bem movimentados
Todo dia a mesma trama, o frio bate e a droga chama
Drogado? sei lá...
Alucinado? se pá..
Bem lá no fundo, se afogando no meio do mar,
De sofrimento, perdido em meio ao vento,
Sem saída nenhuma, de frente pra batalha
Diária, contra a fome que fere feito uma navalha,
No peito, viver de qualquer jeito, não da mais.
Prefere se matar ou tomar raticida..
Mas não da pra matar quem já não tem mais vida.
Paz, muita paz...
Pros mano do teto e pros mano do céu..
Pra vida na boa e pra vida no fel.
Pro povo da terra e pro povo do céu.
Essa fala é minha, porém também é sua.
Pra você da luz de casa e pra você da luz da lua,
Da Rua, barranco, maloca ou botequim,
Paz pra você que lê agora e muita paz também pra mim.

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